Justificativa: Esse trabalho é composto por uma coletânea de notícias e reportagens brasileiras sobre a Revolução Iraniana, durante o último quadrimestre de 1978 e primeiro quadrimestre de 1979. Ao analisar o conteúdo propõe-se perceber de que maneira a insurgência foi representada. A partir disso pensar como: o momento histórico, a hegemonia norte americana e o orientalismo interferiram na disseminação das notícias e na construção do Irã e dos iranianos no imaginário brasileiro.
Pode-se perceber uma mudança de linguagem entre o Irã anterior a 1979 e durante e após o processo revolucionário. O primeiro era visto como um lugar admirado pelo mundo todo por suas riquezas naturais, por ser herdeiro do Império Persa, sua proximidade com os Estados Unidos e todo o luxo que o envolvia. Já o segundo, foi (e é) visto como atrasado, marcado pela opressão das mulheres obrigadas a usar o xador e pelo fanatismo religioso centrado na figura de Aiatolá Khomeini. A coletânea abre margem para pensar, de que forma as representações construíram a imagem dos xiitas radicais da Revolução Islâmica, em detrimento, dos sujeitos revolucionários da Revolução Iraniana e os impactos dessa construção até os dias de hoje.
Confira o material levantado: [PASTA]
Desenvolvimento acadêmico da proposta: [PDF]
Levantamento realizado por Desirée Gonçalves Berte, Rafaela M. Bastos Oliveira, Victoria Lacerda de Lima, 2020.
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